Coluna desta terça-feira (26)
Janderson Cantanhede
TÁ NA HORA – Sendo bem realista, acredito que chegou a hora de trocar o comando da segurança pública do Amapá. A onda de violência ficou insuportável.
AUDÁCIA – Até mesmo a bandidagem já sacou que a segurança pública no Estado vai de mal a pior. Seria como um faz de conta. A prova disso é a audácia de praticarem um roubo de R$ 100 mil dentro do quartel da Polícia Militar. Vão se preocupar com o que?
PEDIDOS – O caso do assalto de ontem não é um caso isolado. É uma realidade que vem acontecendo dia após dia. Quem não lembra, no mês passado, do assalto com refém na Prodam? Ficaram tão perdidos que só faltaram ligar para um pai de santo afim de advinhar que decisão tomar.
FALTA TUDO – Um amigo que é oficial da Polícia Militar disse que a situação por lá é delicada. Falta pneu, combustível, viatura e efetivo. Alguém aí no comando da Sejusp sabe o que é segurança pública?
ALÔ VOCÊ – Na Polícia Civil, os delegados e agentes de polícia precisam meter a mão no bolso e tirar o celular se quiserem se comunicar. Os telefones cortados pioram ainda mais a precária estrutura das delegacias.
PRA COMPLETAR – Depois de tudo isso, ainda tem delegado que pega o carro da delegacia e vai passear com as gatinhas no Motel. Mas, para os colegas de plantão, tudo não passou de um “caso administrativo”.
E O LIDER – Isso tudo acontece porque na segurança pública falta pulso, falta liderança em uma das cadeiras cruciais da sociedade. Sem segurança o cidadão não vive bem e fica a mercê da bandidagem que tomou conta da cidade. Imagine você, trabalhando lascado o mês inteiro, para no final das contas ver o pilantra passando a mão na sua bolsa e levando sua renda.
PUXA – O que mais revolta é que ainda tem gente que adora posar de puxa saco, abrindo a boca para dizer que o comando da segurança pública dará jeito no Amapá em dois anos. Parece piada. Se a coisa continuar do jeito que está, daqui a dois anos esse Estado vai ser terra sem lei. Não se espantem se Osama e Kadafi forem vistos andando por aí…
TEM MAIS – Agora se você acha que tudo isso é muito, ainda tem mais. Na madrugada da última segunda-feira uma mulher teve a mão decepada na Feira do Pacoval, após ser atacada por um desconhecido. Eu mesmo liguei para o Ciods e sabe quantas vezes atenderam o telefone? Nenhuma. Depois de muito insistir foi que um dos curiosos que via a mulher agonizando conseguiu uma ligação. Apelar para quem?
ATENDIMENTO – Nesse caso, o Samu apareceu no local para socorrer a vítima meia hora depois da ligação. Se fosse um caso de vida ou morte o resultado seria uma tragédia. A Polícia Militar então nem se fala. Agora, como cobrar ação de uma polícia que não possui estrutura para trabalhar?
COBRANÇA – Por outro lado, a segurança pública no Amapá tem se mostrado muito eficaz na cobrança dos impostos, leia-se IPVA. Na hora de encher os bolsos do governo de dinheiro todo mundo sabe como fazer. Nessas horas não falta combustível, não falta viatura e nem efetivo. Tudo funciona que é uma beleza. São dois pesos e duas medidas para uma população que apostou na mudança que até agora não se sabe se foi para melhor ou pior.